O Brasil está entre os sete países com os piores níveis de educação em ciências para estudantes de 15 anos, segundo um ranking elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A lista, divulgada nesta quinta-feira, coloca o país à frente apenas da Colômbia, da Tunísia, do Azerbaijão, do Catar e do Quirguistão. O relatório completo deverá sair na próxima terça-feira.
Feito com mais de 400.000 estudantes do ensino médio de 57 países, os quais representam 90% da economia mundial, o estudo tem confiabilidade de 95%. O Brasil, portanto, oscila entre as posições 50 e 54. Na outra ponta do ranking, ficou a Finlândia, como o país que melhor capacita seus jovens na área científica. A segunda e a terceira posições foram para Hong Kong e Canadá, respectivamente.
O estudo, parte de um programa da OCDE publicado a cada três anos, consistiu em testes realizados em 2006. Entre as aptidões avaliadas estão o conhecimento de ciências, e a capacidade dos estudantes em aplicar essas noções no dia-a-dia. Em anos anteriores, os testes focaram em aptidões diferentes: habilidades de leitura (2000) e matemática (2003).
Ao comentar a pesquisa, o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, afirmou que a lista serve para auxiliar os governos na definição de suas políticas de educação. "Na economia global competitiva de hoje, educação de qualidade é um dos bens mais valiosos que a sociedade e um indivíduo podem ter", considerou. "A lista é muito mais do que um ranking. Ela mostra o quão bem os sistemas de educação individuais estão equipando os jovens para o mundo de amanhã. Antes de mais nada, mostra aos países seus pontos fracos e fortes."
Fonte : Veja online
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