Presidente iraniano afirma que Israel "não durará muito tempo"
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse nesta quarta-feira que Israel "não vai durar muito" ao criticar a conferência de paz sobre o Oriente Médio organizada nesta terça-feira em Annapolis sob patrocínio dos Estados Unidos, segundo a imprensa estatal.
"É impossível que o regime sionista [Israel] possa durar", disse o presidente em um conselho de ministros, enfatizando que "o desaparecimento está na natureza desse regime baseado na agressão, na mentira, no crime e nos danos".
Ele acrescentou que a conferência de ontem, para a qual o Irã não foi convidado, "já fracassou" e "nasceu morta", pois lhe faltam as bases de uma realização política eficaz.
Ahmadinejad condenou a realização dessa reunião, e seu país convidou os dirigentes de grupos palestinos radicais hostis a Annapolis a se reunir nesta ou na próxima semana na capital iraniana para realizar outra conferência oposta à realizada nos Estados Unidos.
O presidente americano, George W. Bush, anunciou nesta terça-feira em Annapolis que israelenses e palestinos concordaram em iniciar discussões para uma solução do conflito e "empreender esforços" para chegar a um acordo de paz antes do final de 2008.
Líderes israelenses e palestinos comprometeram-se a lançar "imediatamente negociações bilaterais para concluir um tratado de paz que resolva todas as questões pendentes", disse Bush, na conferência de paz, ao ler uma declaração conjunta redigida por ambas as partes.
Bush abriu a reunião em Annapolis, perto de Washington, com a presença do premiê israelense Ehud Olmert, do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e de representantes de países árabes --em um total de 50 países e organizações.
O objetivo da reunião era retomar as discussões entre israelenses e palestinos, paralisadas nos últimos sete anos, para tentar solucionar o conflito de 60 anos e permitir a criação de um Estado palestino que possa conviver pacificamente ao lado de um Estado israelense.
Estado Palestino
Na opinião dos Estados Unidos, um acordo de paz entre os israelenses e os palestinos será algo positivo para os dois povos, que poderão viver no futuro em paz e harmonia.
Bush admitiu que "não será fácil" alcançar o objetivo de criar dois Estados --o de Israel e um Estado palestino-- vivendo lado a lado em paz, após décadas de conflito, mas disse que os dois lados devem "trabalhar juntos" para isso, pelo bem da população israelense e palestina.
"Hoje, tanto palestinos como israelenses compreendem que ajudar o outro lado a realizar suas aspirações é fundamental para realizar as suas próprias, e que ambos precisam da formação de um Estado palestino viável, independente e democrático", disse o líder dos EUA.
"Tal Estado permitirá que os palestinos possam viver em liberdade e com dignidade. E ajudará os israelenses a terem algo que procuram há décadas: paz com seus vizinhos".
Países árabes
Os países árabes também devem fazer "um grande esforço", disse Bush, que pediu a estes Estados que normalizem suas relações diplomáticas com Israel e que reconheçam que "o lar desta nação está no Oriente Médio".
Bush pediu ainda à ANP pediu que avance na criação de instituições livres e democráticas, além de impedir o "extremismo e o derramamento de sangue".
Ele ainda demonstrou apoio ao povo libanês, e disse que a democracia no Líbano é "fundamental" para alcançar a paz no Oriente Médio.
Fonte:Folha Online
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